Ó Senhor, Deus das vinganças, resplandece (Sl 94.1)
A legitimidade e a interpretação dos Salmos de vingança
DOI:
https://doi.org/10.25188/2447.7443.2013v21n1.74Palavras-chave:
Antigo Testamento, Hermenêutica, Livro de Salmos, vingançaResumo
Os Salmos de vingança são parte integrante da Bíblia e, ao mesmo tempo, as orações mais intrigantes da Bíblia. Muitos se perguntam, atualmente, pela legitimidade e pela interpretação de tais salmos, principalmente no contexto cristão, marcado pelas palavras de Jesus, que exigem o amor aos inimigos e a oração por esses. O artigo procura entender os Salmos de vingança, em primeiro lugar, em seu contexto bíblico e histórico. Num segundo momento, concentra-se na compreensão desses salmos nas obras de Martim Lutero e Dietrich Bonhoeffer, que, no contexto da história da teologia, ocuparam-se não somente com os salmos em geral, mas também, especificamente, com os Salmos de vingança. Num terceiro momento, o artigo se concentra na discussão atual sobre a interpretação dos Salmos de vingança no contexto da exegese veterotestamentária, com destaque à contribuição de Fritz Stolz, em sua abordagem sobre os salmos, que apresentam o fenômeno por ele chamado de pós-cúltico (“nachkultisches Phänomen”). Por fim, são apresentadas três tarefas para a pesquisa teológica e para a igreja, que têm como incumbência a discussão sobre a relevância e a legitimidade dos Salmos de vingança no contexto da espiritualidade cristã. O Livro de Salmos existe para dar as palavras corretas ao que ora, quando este não as tem, tanto diante da experiência sublime do louvor e da gratidão a Deus, quanto diante da experiência de lamento e sofrimento em sua vida. Isso vale também em relação aos Salmos de vingança.
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